quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Comitê do Senado dos EUA aprova uso de força militar na Síria

O secretário de Estado americano, John Kerry, se dirige à sessão do Comitê de Relações Exteriores do Senado Foto: AP

A Comissão de Relações Exteriores do Senado americano aprovou nesta quarta-feira um projeto do presidente Barack Obama para uma operação militar contra o regime sírio, abrindo a porta para que os senadores debatam a medida na segunda-feira.
Os membros da comissão deram o seu apoio a uma "intervenção limitada" na Síria, com dez votos a favor e sete contra. Essa ação teria uma duração máxima de 60 dias, com a possibilidade de ser ampliada para 90, sem a mobilização de tropas. Um grupo de democratas e republicanos se opôs.
O Congresso americano retomará suas atividades na próxima segunda, dia 9, e tanto a Câmara de Representantes - de maioria republicana - como o Senado - de maioria democrata - devem iniciar os debates nessa semana.
A proposta aprovada pela Comissão, nesta quarta, como reivindicava o senador republicano John McCain, especifica que a política oficial dos Estados Unidos tem como objetivo "reverter a dinâmica sobre o campo de batalha na Síria".
"Enquanto (o presidente sírio) Bashar al-Assad não se der conta de que vai perder, será impossível negociar com ele um acordo pacífico, ou sua saída do poder", declarou McCain, um ferrenho defensor da intervenção militar na guerra síria.
Também nesta quarta, o secretário de Estado americano, John Kerry, participava de outra audiência na Comissão de Relações Exteriores da Câmara de Representantes. Os republicanos da Casa não parecem dispostos a apoiar Obama nessa iniciativa.
"Enquanto discutimos, o mundo nos observa, e o mundo não se pergunta se Assad faz isso (usar armas químicas em civis), isso é um fato comprovado. O mundo se pergunta se os Estados Unidos consentirão, com seu silêncio, e deixarão que esse tipo de brutalidade ocorra sem consequências", disse Kerry. "É um voto de responsabilidade, um voto pelas normas e pelas leis do mundo civilizado", insistiu.
Kerry disse ainda que os países árabes se ofereceram para ajudar nos custos de uma intervenção americana. "Sobre se os países árabes ofereceram arcar com os custos e ajudar (na intervenção), a resposta categórica é 'sim', elas ofereceram. Essa oferta está sobre a mesa", anunciou Kerry, na comissão da Câmara.
"Alguns deles disseram que, se os EUA estiverem preparados para fazer as coisas como fizemos previamente em outros lugares, eles vão arcar com os custos. Estão comprometidos com isso", acrescentou.

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